http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=19824
O discurso que escolhi é do nosso Senhor Presidente da Republica, que teve lugar no mês passado de Setembro. A intervenção do Presidente Aníbal Cavaco Silva deveu-se à entrega do premio “D.Dinis” a Manuel Alegre pela Casa Mateus.
Depois de ler o discurso pude constatar que o texto esta bem redigido, acessível e compreensível a todas as classes sociais. Mas Cavaco Silva cometeu um erro, não ortográfico, mas um erro ainda pior.
Como o título diz, este discurso foi realizado com intenção de felicitar Manuel Alegre pelo prémio recebido. Pois então, o nosso Presidente da Republica parece que se esqueceu do consagrado escritor. Ao longo do texto podemos verificar que as referencias a Manuel Alegre são poucas ou quase nenhumas.
O exemplo disso dá para ver logo no inicio do discurso:
“Senhor Presidente da Fundação Casa de Mateus,
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Real
Ilustres Membros do Júri,
Senhor Presidente da Caixa Geral de Depósitos,
Senhora Directora-Geral do Livro e Bibliotecas,
Distinto Laureado,
Senhoras e Senhores”
Agora pergunto-vos, onde é referido Manuel Alegre? Em “Distinto Laureado”?
A pessoa principal desta cerimónia é cumprimentada pelo Presidente da Republica como Distinto Laureado! E aqui é apenas um começo. Manuel alegre é apenas referido nos primeiros parágrafos do discurso, ou nem tanto.
Penso que Cavaco Silva se esquece ao certo sobre quem ia falar e sobre o que ia falar. A meu parecer, acho uma falta de educação a postura que o discurso do nosso Presidente da Republica teve.
P.S. Boas Festas para todos!! :D
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Almeida Garrett
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWXI5FhRZVK_D6RLBvF5PF4tGbMxvvhmwdcaXMG2FdSTrT8puIOpb3J1JL2bAwo_RpZZy3aWa3kyiGaCdpDkM5nCQvOd8wreLinjW7Jyt-y-0IHHGGT4TUjbFXfb1Aubu6u-jR5dqyp_c/s320/freiluisdesousa_0b.jpg)
Matriculou-se em Direito aos 17 anos e em Coimbra escreveu e ensaiou Mérope.
Estabeleceu-se em Lisboa em 1821, onde, num teatro do Bairro Alto, leva à cena "Catão".
Em 1823 emigra para Inglaterra, regressa a Portugal pouco depois e é de novo forçado a exilar-se. Na sua correspondência do exílio relata as dificuldades que lá se lhe depararam.
Parte para Paris, onde compõe “D.Branca” e “Camões” (publicado em 1825). Em 1828 torna a emigrar, embora continue a exercer a sua actividade política e literária. Colabora no “Chaveco Liberal”.
Continua a sua actividade política na ilha Terceira. Colabora com Mouzinho da Silveira. É soldado no cerco do Porto.
Cria o conservatório de Arte Dramática, a Inspecção-Geral dos Teatros, o Panteão Nacional e o Teatro Normal, sendo mais tarde demitido de director do Conservatório, da Escola de Declamação e de Inspector-geral dos Espectáculos…
Escreve entretanto “o Alfageme de Santarém”, ou “Espada do Condestável”.
Em 1843 escreve “Frei Luís de Sousa”, em 1845 o “Arco de Santana” e no ano seguinte “viagens na Minha Terra”.
O eminente prosador, poeta, dramaturgo, orador, par do reino, fidalgo, cavaleiro da casa real, soldado da liberdade, deputado, diplomata, que procurou através da sua obra que o povo, que tanto amou, encontrasse o caminho da sua verdadeira nacionalidade.
Morreu em Lisboa, em Dezembro de 1854. “Frei Luís de Sousa” é considerado como uma das maiores criações teatrais do romantismo europeu e, no consenso geral, uma das suas melhores obras, e, a atesta-lo, atente-se nas numerosas representações que teve, muitas delas interpretadas pelos maiores nomes da cena portuguesa.
O próprio Almeida Garrett interpretou o papel de Telmo Pais quando o drama se estreou num teatro particular.
sábado, 1 de novembro de 2008
O Quinto Império
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYXuI-3K-mjmbcVLmYwGYuVxhKGJ8UfZVV7zsOYEsBtr3VmRXXozhQsxffAq3HWBGp_bYnQgEFOdMCXI8nvEY1sQQxkPeeDlumL-Fn-XDspyZDPV8SWvs8H4KXXOlbb0ZB6dGUM0kGX9w/s320/V_imperio2.jpg)
Os quatro primeiros impérios eram, segundo Vieira, pela ordem: os Assirios, os Medos, os Persas e os Romanos. O quinto seria o Império Português.
A utopia do Quinto Império permeia a obra de Fernando Pessoa também, no livro Mensagem.
O Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista português, que conseguira o fim da União Ibérica.
A utopia do Quinto Império permeia a obra de Fernando Pessoa também, no livro Mensagem.
O Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista português, que conseguira o fim da União Ibérica.
Fernando Pessoa
"Primeiro estranha-se, depois entranha-se".
Este foi o slogan publicitário criado por Fernando Pessoa, em 1928, para o lançamento da Coca Cola em Portugal. Em plena ditadura militar, onde já pontificava a austeridade do ministro das finanças, Oliveira Salazar (que Pessoa abominava), o projecto foi recusado, com a justificação que criava "habituação".
A Coca Cola entraria legalmente em Portugal (nas colónias consumia-se através de contrabando com países vizinhos) em 1977, 49 anos após a primeira tentativa, sem que a sua entrada não tenha sido vista com desconfiança pelas hostes comunistas.
Este foi o slogan publicitário criado por Fernando Pessoa, em 1928, para o lançamento da Coca Cola em Portugal. Em plena ditadura militar, onde já pontificava a austeridade do ministro das finanças, Oliveira Salazar (que Pessoa abominava), o projecto foi recusado, com a justificação que criava "habituação".
A Coca Cola entraria legalmente em Portugal (nas colónias consumia-se através de contrabando com países vizinhos) em 1977, 49 anos após a primeira tentativa, sem que a sua entrada não tenha sido vista com desconfiança pelas hostes comunistas.
Outros slogans criados por Fernando Pessoa:
"Uma cinta Pompadour veste bem e ajuda sempre a vestir bem."
"Seja qual for a linha da moda na Toilette feminina é sempre indispensável uma cinta Pompadour."
(Cintas Pompadour)
"Eu explico como foi (disse o homem triste que estava com uma cara alegre), eu explico como foi..."Quando tenho um automóvel, limpo o. Limpo o por diversas razões: para me divertir, para fazer exercício, para ele não ficar sujo."O ano passado comprei um carro muito azul. Também limpava esse carro. Mas cada vez que o limpava, ele teimava em se ir embora. O azul ia empalidecendo, e eu e a camurça é que ficávamos azuis. Não riam... R camurça ficava realmente azul: o meu carro ia passando para a camurça.Afinal, pensei, não estou limpando este carro: estou o desfazendo."Antes de acabar um ano, o meu carro estava metal puro: não era um carro, era uma anemia. O azul tinha passado para a camurça. Mas eu não achava graça a essa transfusão de sangue azul."Vi que tinha que pintar o carro de novo. Foi então que decidi orientar me um pouco sobre esta questão dos esmalres. Um carro pode ser muito bonito, mas, se o esmalte com que está pintado tiver tendência para a emigração, o carro poderá servir, mas a pintura é que não serve. A pintura deve estar pegada, como o cabelo, e não sujeita a uma liberdade repentina, como um chinó. Ora o meu carro tinha um esmalte chinó, que saía quando se empurrava."Pensei eu: quem será o amigo mais apto a servir me de empenho para um esmalte respeitável?Lembrei me que deveria ser o Bastos, lavadeira de automóveis com uma Caneças de duas portas nas Avenidas Novas. Ele passa a vida a esfregar automóveis, e deve portanto saber o que vale a pena esfregar."Procurei o e disse lhe: Bastos amigo, quero pintar o meu carro de gente. Quero pintá lo com um esmalre que fique lá, com um esmate fiel e indivorciável. Com que esmalte é que hei de pintar?"Com Berry/Loid, respondeu o Bastos e só uma criatura muito ignorante é que tem a necessidade de me vir aqui maçar com uma pergunta a que responderia do mesmo modo o primeiro chauffeur que soubesse a diferença entre um automóvel e uma lata de sardinhas".
(Tintas Berry/Loid)
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Texto Narrativo
Estava calor, quando cheguei ao local combinado.
O Bernardo esperava sentado numa rocha, a olhar para o mar.
Assim que cheguei ele olhou para mim: "estás fantástica" - disse ele.
Corada sentei-me a seu lado.
O silêncio foi constrangedor. Pareceu uma eternidade.
Foi então que o Bernardo pôs-se de joelhos e ficou a olhar para mim, com aquele brilho nos olhos:
-Meu anjo, adoro cada momento passado contigo. - notei uma alteração na sua voz.
- Mas Bernardo, que se passa? - o meu coração palpitava.
-Tenho uma má notícia...Estou doente.
-Doente?
-Tenho apenas 6 meses de vida. Quero casar contigo antes de partir para outro mundo.
Não queria acreditar. Queria pensar que tudo aquilo não passava de um sonho.
Depois de muito silêncio:
-Bernardo, preciso de tempo para pensar... - e afastei-me sem olhar para trás.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
As correspondências de Fradique Mendes
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg36GWzOtS90y9-tjWG2erDPWdZmyBjxlDXy6LgYVDPwT5ZcyZ_2N8O4_wG8sypRlzBK7KW48RTP7JbFx45qskztXShsw8JfQ6_stUISLRi9hz8N7w-wkMId08Az50Rv3GORT83G5XVDNc/s320/j-1998-p_1880-07_230_t0a.jpg)
“Tudo tende para a ruína, num país em ruínas”.
“Todo o jornal destila intolerância, como um alambique destila álcool, e cada manhã a multidão se envenena aos goles com esse veneno capcioso.”
“Mas uma existência enraízada em Lisboa não me parece tolerável. Falta aqui uma atmosfera intelectual onde a alma respire”
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Tempos Sanguinareos
Quem poderá parar esses homens sanguináreos
Quem poderá domar este tropel
Da solidão
À flor da pele?
Quem poderá calar a voz das mulheres tristes
Que choram a morte dos seus familiares
A fúria domina
As suas mágoas?
Quem poderá impedir estes homens de guerrear
Que em cada passo magoam os outros
Mulheres viúvas
Como parar tudo?
Quem poderá prender a raiva deles?
Que dentro deles vai crescendo cada vez mais
As armas não bastam
Como parar isso?
Quem poderá domar este tropel
Da solidão
À flor da pele?
Quem poderá calar a voz das mulheres tristes
Que choram a morte dos seus familiares
A fúria domina
As suas mágoas?
Quem poderá impedir estes homens de guerrear
Que em cada passo magoam os outros
Mulheres viúvas
Como parar tudo?
Quem poderá prender a raiva deles?
Que dentro deles vai crescendo cada vez mais
As armas não bastam
Como parar isso?
Como são os jovens actualmente?
Em conversa com uma amiga cheguei a uma triste conclusão.
A juventude de hoje, até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os 30 anos.
O grande choque, entre a nossa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.
“Quem?”, perguntou ela.
Quem?! Ela não sabe quem é o Tom Sawyer.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente que ela não conhece outros ícones da juventude de outrora.
Os jovens de hoje estão a crescer à frente de um computador. É provável que estes jovens não passaram por uma série de situações. A experiencia da adolescência passa-lhes a frente.
Óbvio, que estes jovens, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas.
Hoje se um miúdo cai, esta dois dias no hospital, a fazer exames a possíveis infecções. Depois esta dois meses em casa a fazer recuperação de uma doença que descobriram. Doenças com nomes que não existiam antigamente.
Hoje já não se vê miúdos na rua a jogar a bola. Na altura havia mais convívio.
Actualmente não falta nada aos miúdos.
Com 11 anos qualquer um já tem telemóvel.
Antes, para se ter uma consola, tínhamos que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anicersário e Natal, tudo junto.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada miúdo sejam cromos.
Antes só havia um cromo por grupo de amigas. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
Hoje se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele,
Se um miúdo actualmente anda de bicicleta e fica na rua ate as 22h, os outros são proibidos e se dar com ele, é má companhia,
Realmente a juventude de hoje está perdida. Está adormecida…
A juventude de hoje, até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os 30 anos.
O grande choque, entre a nossa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.
“Quem?”, perguntou ela.
Quem?! Ela não sabe quem é o Tom Sawyer.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente que ela não conhece outros ícones da juventude de outrora.
Os jovens de hoje estão a crescer à frente de um computador. É provável que estes jovens não passaram por uma série de situações. A experiencia da adolescência passa-lhes a frente.
Óbvio, que estes jovens, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas.
Hoje se um miúdo cai, esta dois dias no hospital, a fazer exames a possíveis infecções. Depois esta dois meses em casa a fazer recuperação de uma doença que descobriram. Doenças com nomes que não existiam antigamente.
Hoje já não se vê miúdos na rua a jogar a bola. Na altura havia mais convívio.
Actualmente não falta nada aos miúdos.
Com 11 anos qualquer um já tem telemóvel.
Antes, para se ter uma consola, tínhamos que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anicersário e Natal, tudo junto.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada miúdo sejam cromos.
Antes só havia um cromo por grupo de amigas. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
Hoje se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele,
Se um miúdo actualmente anda de bicicleta e fica na rua ate as 22h, os outros são proibidos e se dar com ele, é má companhia,
Realmente a juventude de hoje está perdida. Está adormecida…
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Para quando o fim da violência nas escolas?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW259MtbyDc8b16XFylgJiarQ5eVBdx_xEvfTIhdFoK7R6hGqpRSti7H5rWhie68vB0qvs6OrUA6rtwKVUlWYliJQDN3WJTat2wlel3su20zgmz8UEZPmTxjNYKu4qGmPJVRRUCyTur0I/s400/images.jpg)
Actualmente, os "mass media" abordam o mesmo tema: a violência escolar.
Porquê agora? Porquê esta súbita preocupação com um problema que sempre existiu? Sabemos porque.
Tudo passou-se na última semana, antes das férias da Páscoa.
Uma aluna agride a professora porque esta lhe tira o telemóvel. Um colega de turma, achando piada, filma o sucedido.
Devemos agradecer ao youtube. Graças à visualização daquele acontecimento, o Governo "acordou" para a realidade!
Agora, todos os ministros querem dar a sua opinião. Será por preocupação ou porque é actual? Não falemos disso agora.
O que será preciso para mudar estes comportamentos?
Seria apenas necessário que cada encarregado de educação acompanhasse o seu educando. Em último caso, acontecerem mais "cenas" destas para os alunos se consciencializarem.
Poderá o Governo tomar medidas eficazes, futuramente?
sábado, 15 de março de 2008
Crónica "Mass Media"
No nosso quotidiano os meios de comunicação são uma fonte de influência.
Dentro desses meios temos a televisão, a rádio, os jornais, as revistas, etc, e os seus oradores que fazem com que as pessoas compreendam as informações.
Existem pessoas pela sua importância ou relativa importância que ganham tempo de antena nos meios de comunicação. As suas opiniões começam por interiozar formas de pensar, de observar, ou mesmo de ver o mundo nas pessoas, influênciadas por esses oradores que apenas emitem opiniões.
Nos Mass Media temos muitos desses oradores: os importantes, os menos importantes, os sem importância alguma, até mesmo os "cor-de-rosa". Todos eles são os condutores de mentalidades do nosso senso comum. Não podemos culpar aqueles que transmitem as suas opiniões para o público.
Cada pessoa é que terá de ter a noção que a vida nao pode ser guiada pela a opinião daquele de o outro. Têm de se guiar pela sua própria razão.
quarta-feira, 5 de março de 2008
o que é a poesia?
Poesia
Arte que se distingue tradicionalmente da prosa pela composiçao em verso e pela organização rítmica das palavras, aliada a recursos estilísticos e imagéticos próprios. (Dicionário da Lingua Portuguesa, Porto Editora)
A poesia consegue tornar visível algo abstracto como os sentimentos, em realidades quase palpáveis.
Uma das formas mais representativas da poesia é o lirismo que não é mais do que a expressão do "eu".
Aí, o poeta fala do que sente. Revela o seu estado de espírito.
A poesia não é regida por um modelo generalizado: cada poeta tem a sua forma, o seu estilo, o seu método de escrever.
O autor revela um mundo criado por si a partir de um mundo que lhe passa ao lado. É uma arte.
É um dom que só alguns possuem. É conseguir fazer chorar a partir de um motivo para rir.
É tão somente viver poesia.
Arte que se distingue tradicionalmente da prosa pela composiçao em verso e pela organização rítmica das palavras, aliada a recursos estilísticos e imagéticos próprios. (Dicionário da Lingua Portuguesa, Porto Editora)
A poesia consegue tornar visível algo abstracto como os sentimentos, em realidades quase palpáveis.
Uma das formas mais representativas da poesia é o lirismo que não é mais do que a expressão do "eu".
Aí, o poeta fala do que sente. Revela o seu estado de espírito.
A poesia não é regida por um modelo generalizado: cada poeta tem a sua forma, o seu estilo, o seu método de escrever.
O autor revela um mundo criado por si a partir de um mundo que lhe passa ao lado. É uma arte.
É um dom que só alguns possuem. É conseguir fazer chorar a partir de um motivo para rir.
É tão somente viver poesia.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Poema
Sofrimento…
Eu sou a que guarda aquela dor
Eu sou a que chora em silêncio solitário
Eu sou a que caminha na amargura
Eu sou aquela que desespera por amor
Eu sou a que vai pelo caminho devastador
Eu sou a que esconde o choro sensível.
Eu sou a que nada sabe sobre amor
Eu sou aquela que sofre de maneira humilhante
Eu sou a que tenta matar as mágoas com um sorriso
Eu sou a que guarda aquela dor
Eu sou a que chora em silêncio solitário
Eu sou a que caminha na amargura
Eu sou aquela que desespera por amor
Eu sou a que vai pelo caminho devastador
Eu sou a que esconde o choro sensível.
Eu sou a que nada sabe sobre amor
Eu sou aquela que sofre de maneira humilhante
Eu sou a que tenta matar as mágoas com um sorriso
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Florbela Espanca
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinEm-Rpca7JM3UWd1PYnD-itKOYPskTW_heUBNllbh1_D0tjGev3p5T2r5N1P6_6rE-Tx-SeiD0A9_YNmyteW8GaRvy78SXitNECjVljnjmLt35HL2ibnQFoVMpDAX6vH_fZp5YBJvlYY/s320/florbela-3%5B1%5D.jpg)
Florbela Espanca nasce em 1984 como filha ilegítima, em Vila Viçosa (Alentejo).
Estudou em Évora, mas só anos mais tarde é que conclui a secção de Letras do Curso dos Liceus. Nesse mesmo ano, começa a estudar Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Colaborou com várias jornais e revistas, entre os quais o “Portugal Feminino”.
Casou-se três vezes, das quais acabou sempre por se divorciar, sendo alvo de muitas criticas pela sociedade na época.
Os seus casamentos falhados e a morte do seu irmão, levaram a poeta a uma depressão.
Florbela Espanca acaba por morrer em Dezembro de 1930.
Os poemas de Florbela Espanca caracterizam-se por temas de sofrimento, de solidão, de desencanto.
A linguagem pessoal da autora, mostra que passava as suas próprias frustrações e anseios para o papel, tendo esses poemas algum sensualismo muitas vezes eróticos.
Em alguns poemas pode-se constatar que a paisagem da charneca alentejana esta presente muitas das suas imagens e poemas.
Florbela Espanca não esta relacionada, claramente com algum movimento literário, estando mais perto do neo-romantismo e de certos poetas portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas.
Poetisa de excessos, cultivou a paixão. Foi uma grandes figuras femininas das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
Estudou em Évora, mas só anos mais tarde é que conclui a secção de Letras do Curso dos Liceus. Nesse mesmo ano, começa a estudar Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Colaborou com várias jornais e revistas, entre os quais o “Portugal Feminino”.
Casou-se três vezes, das quais acabou sempre por se divorciar, sendo alvo de muitas criticas pela sociedade na época.
Os seus casamentos falhados e a morte do seu irmão, levaram a poeta a uma depressão.
Florbela Espanca acaba por morrer em Dezembro de 1930.
Os poemas de Florbela Espanca caracterizam-se por temas de sofrimento, de solidão, de desencanto.
A linguagem pessoal da autora, mostra que passava as suas próprias frustrações e anseios para o papel, tendo esses poemas algum sensualismo muitas vezes eróticos.
Em alguns poemas pode-se constatar que a paisagem da charneca alentejana esta presente muitas das suas imagens e poemas.
Florbela Espanca não esta relacionada, claramente com algum movimento literário, estando mais perto do neo-romantismo e de certos poetas portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas.
Poetisa de excessos, cultivou a paixão. Foi uma grandes figuras femininas das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Biografia de Manuel Alegre
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrDCr6OjiftHFrXCjortn16rJPEz2KFnbyCjKq5f9_1PI_c2iZ2PU0aUndDm9duNFdC6LRm_WxYhANb7mO5U73XBxOqhZQ-J95rRH4KDoe3bLw7kIgBmqEYwfgWRAaf7OgV7KHVLWokGk/s320/noticiaimagem_29.jpg)
Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um activo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi fundador do CITAC – Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC – Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. Dirigiu o jornal A Briosa, foi redactor da revista Vértice e colaborador de Via Latina. A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961. É preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Colocado com residência fixa em Coimbra, acaba por passar à clandestinidade e sair para o exílio em 1964. Aos microfones da emissora A Voz da Liberdade, a sua voz converte-se num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto, os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967) são apreendidos pela censura, mas passam de mão em mão em cópias clandestinas, manuscritas ou dactilografadas. Poemas seus, cantados por Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade. Regressa finalmente a Portugal em 2 de Maio de 1974, dias após o 25 de Abril. Entra no Partido Socialista onde, ao lado de Mário Soares, promove as grandes mobilizações populares. Deputado por Coimbra em todas as eleições desde 1975 até 2002 e por Lisboa a partir de 2002, participa esporadicamente no I Governo Constitucional de Mário Soares. Dirigente histórico do PS desde 1974, é Vice-Presidente da Assembleia da República desde 1995 e é membro do Conselho de Estado (de 1996 e 2002 e de novo em 2005). É candidato a Secretário-geral do PS em 2004, naquele que foi o mais participado Congresso partidário de sempre. É sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências eleito em Março de 2005.
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