segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Poema

Sofrimento…
Eu sou a que guarda aquela dor
Eu sou a que chora em silêncio solitário
Eu sou a que caminha na amargura

Eu sou aquela que desespera por amor
Eu sou a que vai pelo caminho devastador
Eu sou a que esconde o choro sensível.

Eu sou a que nada sabe sobre amor
Eu sou aquela que sofre de maneira humilhante
Eu sou a que tenta matar as mágoas com um sorriso

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Florbela Espanca


Florbela Espanca nasce em 1984 como filha ilegítima, em Vila Viçosa (Alentejo).
Estudou em Évora, mas só anos mais tarde é que conclui a secção de Letras do Curso dos Liceus. Nesse mesmo ano, começa a estudar Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Colaborou com várias jornais e revistas, entre os quais o “Portugal Feminino”.
Casou-se três vezes, das quais acabou sempre por se divorciar, sendo alvo de muitas criticas pela sociedade na época.
Os seus casamentos falhados e a morte do seu irmão, levaram a poeta a uma depressão.
Florbela Espanca acaba por morrer em Dezembro de 1930.

Os poemas de Florbela Espanca caracterizam-se por temas de sofrimento, de solidão, de desencanto.
A linguagem pessoal da autora, mostra que passava as suas próprias frustrações e anseios para o papel, tendo esses poemas algum sensualismo muitas vezes eróticos.
Em alguns poemas pode-se constatar que a paisagem da charneca alentejana esta presente muitas das suas imagens e poemas.
Florbela Espanca não esta relacionada, claramente com algum movimento literário, estando mais perto do neo-romantismo e de certos poetas portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas.
Poetisa de excessos, cultivou a paixão. Foi uma grandes figuras femininas das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.